BIO
Aparecido José Galindo; nascido em Alagoinha/PE no Sítio Monte Alegre; radicado no estado de São Paulo - 2005 - e residindo em Diadema desde 2013. É Graduando em Letras e Escritor. Lançou o seu primeiro livro, Versos Reversos em 2012. Escreve Poesias, Contos e Romances. Filho de agricultores, teve contato durante a infância com a Arte dos Contadores de Histórias, algo que foi decisivo para tornar-se um Escritor. Começa seus estudos aos seis anos de idade na Escola Municipal Antônio Ribeiro Galindo que distava uma légua (6km) de sua casa. Porém prefere brincar e andar nas matas a frequentar as aulas, motivo pelo qual abandonou os estudos primários aos oito anos. Cresceu entre artistas e sendo de família de poetas, músicos e contadores de histórias, não lhe faltou incentivo desde cedo para as artes. Entre os 12 e 13 anos, através da Biblioteca Municipal de Alagoinha, conhece autores como Alexandre Dumas, Mark Twain, Lygia Bojunga, Ziraldo, Édson Gabriel Garcia, Monteiro Lobato, Vinicius de Moraes e Cecília Meireles. Já trabalhando como vaqueiro e agricultor, começa a escrever aos quatorze anos e em seus primeiros versos canta sua terra e a fé de sua gente. Aos dezessete anos retoma os estudos, agora em Alagoinha na escola municipal Tenente Dorgival Galindo, nesse período lê obras de Patativa do Assaré, Rogaciano Leite e João Cabral de Melo Neto. Durante o Natal de 2000, faz sua primeira viagem a São Paulo depois de adulto, uma vez que já havia morado no estado em Sorocaba, Pitangueiras e Mauá durante a primeira infância. Instala-se em São Bernardo do Campo, onde cursa o supletivo do Ensino Fundamental e faz bicos de servente de pedreiro e auxiliar de pintura. Católico, participa da Pastoral do Imigrante e apresenta os seus poemas durante os eventos da igreja. Devido as dificuldades financeiras, retorna a Alagoinha em 2002. Mora na cidade e trabalha como agricultor, construtor de cercas, carvoeiro e servente de pedreiro. Continua declamando os seus poemas, agora na E.E. Gonçalo Antunes Bezerra, vencendo o concurso de Poesia da mesma no ano de 2003. Nessa época, entre as suas leituras estão Graciliano Ramos, Euclides da Cunha, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza e Manoel Bandeira. Termina o ensino médio e é eleito o orador da turma para o evento de formatura. Sua poesia passa a retratar a exploração sofrida pelo povo sertanejo, por meio das oligarquias locais. Entre as obras de sua autoria que mais tiveram repercussão nessa fase estão Anjinha e Carcará, ambas declamadas em diversos eventos na cidade. Em 2005, volta a São Paulo, desta feita, para morar na Zona Leste no bairro Fazenda da Juta. Inicia seus estudos em Turismo, na escola técnica Júlio de Mesquita em Santo André. Começa a trabalhar com recreação e lazer em pousadas, hotéis e eventos. Neste mesmo ano, seu poema Anjinha, ganha o Concurso Paulista de Poesia Imigrante. Em 2006, volta a São Bernardo do Campo e enquanto trabalha como servente de pedreiro e recreador, continua seus estudos em Turismo. Concluiu o seu curso de especialização e tira a credencial de Guia de Turismo. Agora as suas leituras incluem Aluízio de Azevedo, Clarisse Lispector, Lígia Fagundes, Raquel de Queiróz, Machado de Assis, José de Alencar, Lima Barreto, Jorge Amado, Pablo Neruda, Manoel de Barros, Castro Alves e Luiz de Camões. Durante este tempo continua escrevendo e em 2009 faz sua primeira viagem como mochileiro, cruzando o sertão da Bahia de carona. Decepcionado com a sociedade torna-se descrente com toda forma de poder. Incluso começa a ver Deus, como mais uma forma de exploração do homem sobre o homem. É quando conhece a obra de Henry Thoreau, Tomas Morus, Voltaire, Rousseau, Kropotkin, Proudhon e Bakunin. Sua produção literária a partir de então frisa a luta do povo pela sobrevivência nas grandes cidades. Desempregado vende sorvetes nas ruas de São Bernardo do Campo. Autodidata, aprende espanhol e percussão. Trabalha como monitor de jogos cooperados, contador de histórias, percussionista e educador cultural em comunidades carentes e escolas de Santo André e São Bernardo do Campo. Publica seu primeiro livro Versos Reversos, pela Livre Expressão Editora, os textos falam de suas caminhadas na noite de São Bernardo do Campo. Através de bolsa do programa PROUNI, cursa a faculdade de Gestão Ambiental. Pública na internet seus primeiros contos, sobre o nome de Contos Obscuros, que falam sobre os tabus sexuais impostos por uma sociedade dividida entre o consumismo e o espiritualismo de boutique. Escreve a novela ainda inédita, Tingui, que tem as suas quinhentas páginas inspiradas nas vivências do escritor no sertão nordestino. Viaja para a Argentina, como mochileiro e caminha em média dez horas por dia, dormindo em praças e convivendo com outros viajantes e imigrantes de língua hispânica. Cruza a cidade do Rio de Janeiro a pé, junto com o cartunista Ângelo Ardanuy, seu histórico parceiro de caminhadas. É quando conhece o gênero literário que iria influenciar as suas futuras obras, o Realismo Mágico, através de autores como Alejo Carpentier, Garcia Marques, Júlio Cortázar, Jorge Luiz Borges, Vargas Llosa, Murilo Rubião, além de Roa Bastos, Tchekhov e Gógol. Começa seus escritos para o livro O baloeiro, que viria a ser o seu primeiro romance. No final de 2013 casa-se com Cláudia de Oliveira Marques, a qual conheceu durante o curso de graduação em Gestão Ambiental. Em 2014 vem mais uma obra o livro de poesia Paisagens Sertanejas, o qual dedica a sua terra sendo todo ele dentro da tradição dos poetas locais. Em 2015 lança a coletânea de poemas "Mussambês", e Contos do Subúrbio em seu blog pessoal, termina a pós-graduação em Meio Ambiente e inicia seu estudo no violão. Em 2016 musicaliza poemas do livro Versos Reversos e compõe uma série de canções sobre temas diversos. Volta suas leituras para as ciências sociais e entra em contato com o pensamento de Canclini, Adorno, Coelho Neto, Durval Muniz, Noan Chomsky, além de conhecer a arte de Whitman, Poe, Aravind Adiga, Amos Tutuola, Mia Couto, Chinua Achebe, Ben Ocle e Agostinho Neto. Em 2018 realiza um sonho de infância e aprende a tocar pífano e trabalha por dois anos na Indústria Química e escreve o romance, Turmalina. Durante o horário de almoço e aos finais de semana, continua suas leituras, dessa vez de autores como Goethe, Dante, Cervantes, Franz Kafka, Albert Camus, Sartre, Schopenhauer, Aristóteles e Platão. Em 2020/2021 escreve obras ainda inéditas e inicia seus trabalhos em Logística. Recebe Menção Honrosa no Prêmio Literário Paulo Setúbal na categoria Poesia. Em 2021 é um dos vencedores do Prêmio Literário Uirapuru (Belém/PA) na Categoria Romance e do Prêmio Plínio Marcos (Diadema/SP) na Categoria Conto. Sendo uma das vítimas do desemprego causado pela Pandemia do Novo Corona Vírus, utiliza seu tempo de ócio para ler Roland Barthes, Todorov, Artaud, Nietzsche, Mário Benedeti, Antônio Candido, Massaud Moisés, Alfredo Bosi e Jessé Souza. Em 2022 tem o seu romance Turmalina, lançado pela Editora Folheando, enquanto que em 2023 a Carava Grupo Editorial publica a sua mais recente obra, o romance Apito Final.